Jesus

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quinta-feira, 26 de julho de 2012

XVII DOMINGO TEMPO COMUM

DOMINGO XVII



DOMINGO XVII


«Comerão e ainda há-de sobrar»

Leitura do Segundo Livro dos Reis
LEITURA I 2 Reis 4, 42-44

Naqueles dias,

veio um homem da povoação de Baal-Salisa

e trouxe a Eliseu, o homem de Deus,

pão feito com os primeiros frutos da colheita.

Eram vinte pães de cevada e trigo novo no seu alforge.

Eliseu disse: «Dá-os a comer a essa gente».

O servo respondeu:

«Como posso com isto dar de comer a cem pessoas?».

Eliseu insistiu:

«Dá-os a comer a essa gente,

porque assim fala o Senhor:

‘Comerão e ainda há-de sobrar’».

Deu-lhos e eles comeram,

e ainda sobrou, segundo a palavra do Senhor.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 144 (145), 10-11.15-16.17-18(R. cf. 16)

Refrão: Abris, Senhor, as vossas mãos

e saciais a nossa fome.

Graças Vos dêem, Senhor, todas as criaturas

e bendigam-Vos os vossos fiéis.

Proclamem a glória do vosso reino

e anunciem os vossos feitos gloriosos.


Todos têm os olhos postos em Vós,

e a seu tempo lhes dais o alimento.

Abris as vossas mãos,

e todos saciais generosamente.


O Senhor é justo em todos os seus caminhos

e perfeito em todas as suas obras.

O Senhor está perto de quantos O invocam,

de quantos O invocam em verdade.




«Um só Corpo, um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
LEITURA II Ef 4, 1-6

Irmãos:

Eu, prisioneiro pela causa do Senhor,

recomendo-vos que vos comporteis

segundo a maneira de viver a que fostes chamados:

procedei com toda a humildade, mansidão e paciência;

suportai-vos uns aos outros com caridade;

empenhai-vos em manter a unidade de espírito

pelo vínculo da paz.

Há um só Corpo e um só Espírito,

como há uma só esperança na vida a que fostes chamados.

Há um só Senhor, uma só fé, um só Baptismo.

Há um só Deus e Pai de todos,

que está acima de todos, actua em todos

e em todos Se encontra.

Palavra do Senhor.

ALELUIA Lc 7, 16

Refrão: Aleluia. Repete-se

Apareceu entre nós um grande profeta:

Deus visitou o seu povo. Refrão





«Distribuiu-os e comeram quanto quiseram»

 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
TEMPO COMUM

EVANGELHO Jo 6, 1-15

Naquele tempo,

Jesus partiu para o outro lado do mar da Galileia,

ou de Tiberíades.

Seguia-O numerosa multidão,

por ver os milagres que Ele realizava nos doentes.

Jesus subiu a um monte

e sentou-Se aí com os seus discípulos.

Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.

Erguendo os olhos

e vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro,

Jesus disse a Filipe:

«Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?».

Dizia isto para o experimentar,

pois Ele bem sabia o que ia fazer.

Respondeu-Lhe Filipe:

«Duzentos denários de pão não chegam

para dar um bocadinho a cada um».

Disse-Lhe um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro:

«Está aqui um rapazito

que tem cinco pães de cevada e dois peixes.

Mas que é isso para tanta gente?».

Jesus respondeu: «Mandai-os sentar».

Havia muita erva naquele lugar,

e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil.

Então, Jesus tomou os pães, deu graças

e distribuiu-os aos que estavam sentados,

fazendo o mesmo com os peixes;

e comeram quanto quiseram.

Quando ficaram saciados,

Jesus disse aos discípulos:

«Recolhei os bocados que sobraram,

para que nada se perca».

Recolheram-nos e encheram doze cestos

com os bocados dos cinco pães de cevada

que sobraram aos que tinham comido.

Quando viram o milagre que Jesus fizera,

aqueles homens começaram a dizer:

«Este é, na verdade, o Profeta

que estava para vir ao mundo».

Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei,

retirou-Se novamente, sozinho, para o monte.

Palavra da salvação.

terça-feira, 24 de julho de 2012

formação dos evangelhos 2012 leitores baixa da banheira


Os Santos Padres da Igreja



Veja no link a (Liturgia das Horas). Veja ainda um breve desenvolvimento sobre os Pais da Lectio Divina ; "Os Santos Padres da Igreja" 


Os Santos Padres da Igreja


(Os Pais da Lectio Divina)

Chamamos de «Padres da Igreja» (Patrística) aqueles grandes homens da Igreja, aproximadamente do século II ao século VII, que foram no Oriente e no Ocidente como que «Pais» da Igreja, no sentido de que foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentaram muitas heresias e, de certa forma foram responsáveis pelo que chamamos hoje de Tradição da Igreja; sem dúvida, são a sua fonte mais rica. Certa vez disse o Cardeal Henri de Lubac:

«Todas as vezes que, no Ocidente tem florescido alguma renovação, tanto na ordem do pensamento como na ordem da vida – ambas estão sempre ligadas uma à outra – tal renovação tem surgido sob o signo dos Padres.»

Apresenta-se aqui uma relação, ainda que incompleta, desses gigantes da fé e da Igreja, que souberam fixar para sempre o que Jesus nos deixou através dos Apóstolos.



S. Clemente de Roma (†102), Papa de Roma (88 - 97)

Santo Inácio de Antioquia (†110)

Aristides de Atenas (†130)

São Policarpo de Esmira (†156)

Pastor de Hermas (†160)

Aristides de Atenas (†160)

São Hipólito de Roma (160 - 235)

São Justino (†165)

Militão de Sardes (†177)

Atenágoras (†180)

São Teófilo de Antioquia (†181)

Orígenes de Alexandria (184 - 254)

Santo Ireneu (†202)

Tertuliano de Cartago (†220)

São Clemente de Alexandria (†215)

Metódio de Olimpo (sec.III)

São Cipriano de Cartago (210-258)

Novaciano (†257)

São Atanásio de Alexandria(295 -373)

São Efrém - (306 - 373), diácono, Mesopotânia

São Hilário de Poitiers - bispo (310 - 367)

São Cirilo de Jerusalém, bispo (315 - 386)

São Basílio Magno, bispo (330 - 369) - Cesaréia

São Gregório Nazianzeno - (330 - 379), bispo

São Ambrósio - (340 - 397), bispo, Treves - Itália

Eusébio de Cesaréia (340)

São Gregório de Nissa (340)

Prudêncio (384 - 405)

São Jerônimo ( 348 - 420), presbítero Strido, Itália

São João Cassiano (360 - 407)

São João Crisóstomo - (349 - 407), bispo

São Agostinho - (354 - 430), bispo

Santo Efrém (†373)

Santo Epifânio (†403)

São Cirilo de Alexandria - (370 - 442), bispo

São Pedro Crisólogo - (380 - 451), bispo, Itália

São Leão Magno (400 - 461), papa de Roma - Toscana, Itália

São Paulino de Nola (†431) - Sedúlio (sec V)

São Vicente de Lerins (†450)

São Pedro Crisólogo (†450)

São Bento de Núrcia (480 - 547)

São Venâncio Fortunato (530-600)

São Ildefonso de Toledo (617 - 667)

São Máximo Confessor (580-662)

São Gregório Magno (540 - 604), Papa de Roma

São Ildefonso de Sevilha (†636)

São Germano de Constantinopla - (610-733)

São João Damasceno (675 - 749), bispo, Damasco



Apresenta-se um pouco daquilo que esses grandes Padres da Igreja escreveram; isto nos ajudará a compreender melhor o que é a Sagrada Tradição da Igreja. Veremos de onde vem a fonte de tudo aquilo que cremos e vivemos na Igreja [...]



São Clemente de Roma (†102), Papa (88-97), foi o terceiro sucessor de São Pedro, nos tempos dos imperadores romanos Domiciano e Trajano (92 a 102). No depoimento de Santo Ireneu “ele viu os Apóstolos e com eles conversou, tendo ouvido diretamente a sua pregação e ensinamento”. (Contra as heresias)



Santo Inácio de Antioquia (†110) foi o terceiro bispo da importante comunidade de Antioquia, fundada por São Pedro. Conheceu pessoalmente São Paulo e São João. Sob o imperador Trajano, foi preso e conduzido a Roma onde morreu nos dentes dos leões no Coliseu. A caminho de Roma escreveu Cartas às igreja de Éfeso, Magnésia, Trales, Filadélfia, Esmirna e ao bispo S. Policarpo de Esmirna. Na carta aos esmirnenses, aparece pela primeira vez a expressão “Igreja Católica”.



Aristides de Atenas († 130) foi um dos primeiros apologistas cristãos; escreveu a sua Apologia ao imperador romano Adriano, falando da vida dos cristãos.



São Policarpo (†156) foi bispo de Esmirna, e uma pessoa muito amada. Conforme escreve Santo Irineu, que foi seu discípulo, Policarpo foi discípulo de São João Evangelista. No ano 155 estava em Roma com o Papa Niceto tratando de vários assuntos da Igreja, inclusive a data da Páscoa. Combateu os hereges gnósticos. Foi condenado à fogueira; o relato do seu martírio, feito por testemunhas oculares, é documento mais antigo deste gênero (publicado neste livro).



Hermas (†160) era irmão do Papa São Pio I, sob cujo pontificado escreveu a sua obra Pastor. suas visões de estilo apocalíptico.



Didaquè (ou Doutrina dos Doze Apóstolos) é como um antigo catecismo, redigido entre os anos 90 e 100, na Síria, na Palestina ou em Antioquia. Traz no título o nome dos doze Apóstolos. Os Padres da Igreja mencionaram-na muitas vezes. Em 1883 foi encontrado um seu manuscrito grego.



São Justino (†165), mártir nasceu em Naplusa, antiga Siquém, em Israel; achou nos Evangelhos “a única filo proveitosa”, filósofo, fundou uma escola em Roma. Dedicou a sua Apologias ao Imperador romano Antonino Pio, no ano 150, defendendo os cristãos; foi martirizado em Roma.



Santo Hipólito de Roma (160-235) discípulo de santo Irineu (140-202), foi célebre na Igreja de Roma, onde Orígenes o ouviu pregar. Morreu mártir. Escreveu contra os hereges, compôs textos litúrgicos, escreveu a Tradição Apostólica onde retrata os costumes da Igreja no século III: ordenações, catecumenato, batismo e confirmação, jejuns, ágapes, eucaristia, ofícios e horas de oração, sepultamento, etc.



Melitão de Sardes (†177) foi bispo de Sardes, na Lídia, um dos grandes luminares da Ásia Menor. Escreveu a Apologia, dirigida ao imperador Marco Aurélio.



Atenágoras (†180) era filósofo em Atenas, Grécia, autor da Súplica pelos Cristãos, apologia oferecida em tom respeitoso ao imperador Marco Aurélio e seu filho Cômodo; escreveu também o tratado sobre A Ressurreição dos mortos, foi grande apologista.



São Teófilo de Antioquia (†após 181) nasceu na Mesopotâmia, converteu-se ao cristianismo já adulto, tornou-se bispo de Antioquia. Apologista, compôs três livros, a Autólico.



Santo Ireneu (†202) nasceu na Ásia Menor, foi discípulo de são Policarpo (discípulo de são João), foi bispo de Lião, na Gália (hoje França). Combateu eficazmente o gnosticismo em sua obra Adversus Haereses (Refutação da Falsa Gnose) e a Demonstração da Preparação Apostólica. Segundo são Gregório de Tours (†594), são Irineu morreu mártir. É considerado o “príncipe dos teólogos cristãos”. Salienta nos seus escritos a importância da Tradição oral da Igreja, o primado da Igreja de Roma (fundada por Pedro e Paulo).



Santo Hilário de Poitiers (316-367), doutor da Igreja, foi bispo de Poitiers, combateu o arianismo, foi exilado pelo imperador Constâncio, escreveu a obra Sobre a Santíssima Trindade.



São Clemente de Alexandria (†215) Seu nome é Tito Flávio Clemente, nasceu em Atenas por volta de 150. Viajou pela Itália, Síria, Palestina e fixou-se em Alexandria. Durante a perseguição de Setímio Severo (203), deixou o Egito, indo para a Ásia Menor, onde morreu em 215. Seu grande trabalho foi tentar a aliança do pensamento grego com a fé cristã. Dizia: “Como a lei formou os hebreus, a filo formou os gregos para Cristo”.



Orígenes (184-254) Nasceu em Alexandria, Egito; seu pai Leônidas morreu martirizado em 202. Também desejava o martírio; escreveu ao pai na prisão: “não vás mudar de idéia por causa de nós”. Em 203 foi colocado à frente da escola catequética de Alexandria pelo bispo Demétrio. Em 212 esteve em Roma, Grécia e Palestina. A mãe do imperador Alexandre Severo, Júlia Mammae, chamou-o a Antioquia para ouvir suas lições. Morreu em Cesaréia durante a perseguição do imperador Décio.



Tertuliano de Cartago (†220), norte da África, culto, era advogado em Roma quando em 195 se converteu ao Cristianismo, passando a servir a Igreja de Cartago como catequista. Combateu as heresias do gnosticismo, mas se desentendeu com a Igreja Católica. É autor das frases: “Vede como se amam” e “ O sangue dos mártires era semente de novos cristãos”.



São Cipriano (†258) Cecílio Cipriano nasceu em Cartago, foi bispo e primaz da África Latina. Era casado. Foi perseguido no tempo do imperador Décio, em 250, morreu mártir em 258. Escreveu a bela obra Sobre a unidade da Igreja Católica. Na obra De Lapsis, sobre os que apostataram na perseguição, narra ao vivo o drama sofrido pelos cristãos, a força de uns, o fracasso de outros. Escreveu ainda a obra Sobre a Oração do Senhor, sobre o Pai Nosso.



Eusébio de Cesaréia (260-339) bispo, foi o primeiro historiador da Igreja. Nasceu na Palestina, em Cesaréia, discípulo aí de Orígenes. Escreveu a sua Crônica e a História Eclesiástica, além de A Preparação e a Demonstração Evangélicas. Foi perseguido por Dioclesiano, imperador romano.



Santo Atanásio (295-373), doutor da Igreja, nasceu em Alexandria, jovem ainda foi viver o monaquismo nos desertos do Egito,onde conheceu o grande Santo Antão(†376), o “pai dos monges”. Tornou-se diácono da Igreja de Alexandria, e junto com o seu Bispo Alexandre, se destacou no Concílio de Nicéia (325) no combate ao arianismo. Tornou-se bispo de Alexandria em 357 e continuou a sua luta árdua contra o arianismo (Ário negava a divindade de Jesus), o que lhe valeu sete anos de exílio. São Gregório Nazianzeno disse dele: “O que foi a cabeleira para Sansão, foi Atanásio para a Igreja.”



Santo Hilário de Poitiers (316-367), doutor da Igreja, nasceu em Poitiers, na Gália (França); em 350 clero e povo o elegiam bispo, apesar de ser casado. Organizou a luta dos bispos gauleses contra o arianismo. Foi exilado pelo imperador Constâncio, na Ásia Menor, voltando para a Gália em 360, fazendo valer as decisões do Concílio de Nicéia. É chamado o “Atanásio do Ocidente”.Escreveu as obras Sobre a Fé, Sobre a Santíssima Trindade.



Santo Efrém, o Sírio (†373) doutor da Igreja é considerado o maior poeta sírio, chamado de “a cítara do Espírito Santo”. Nasceu em Nísibe, de pais cristãos, por volta de 306, deve ter participado do Concílio de Nicéia (325), segundo a tradição, com o seu bispo Tiago. Foi ordenado diácono em 338 e assim ficou até o fim da vida. Escreveu tratados contra os gnósticos, os arianos e contra o imperador Juliano, o apóstata. Escreveu belos hinos e louvores a Maria.



São Cirilo de Jerusalém (†386), doutor da Igreja, Bispo de Jerusalém, guardião da fé professada pela Igreja no Concílio de Nicéia (325). Autor das Catequeses Mistagógicas, esteve no segundo Concílio Ecumênico, em Constantinopla, em 381.



São Dâmaso (304-384), Papa da Igreja, instruído, de origem espanhola, sucedeu o Papa Libério que o ordenou diácono; obteve do Imperador Graciano o reconhecimento jurisdicional do bispo de Roma. Mandou que S. Jerônimo fizesse uma revisão da versão latina da Bíblia, a Vulgata. Descobriu e ornamentou os túmulos dos mártires nas catacumbas, para a visita dos peregrinos.



São Basílio Magno (329-379), Bispo e doutor da Igreja, nasceu na Capadócia; seus irmãos Gregório de Nissa e Pedro, são santos. Foi íntimo amigo de S. Gregório Nazianzeno; fez-se monge. Em 370 tornou-se bispo de Cesaréia na Palestina, e metropolita da província da Capadócia. Combateu o arianismo e o apolinarismo (Apolinário negava que Jesus tinha uma alma humana). Destacou-se no estudo a Santíssima Trindade (Três Pessoas e uma Essência).



São Gregório Nazianzeno (329-390), doutor da Igreja – nasceu em Nazianzo, na Capadócia, era filho do bispo local, que o ordenou padre; foi um dos maiores oradores cristãos. Foi grande amigo de São Basílio, que o sagrou bispo. Lutou contra o arianismo. Sua doutrina sobre a Santíssima Trindade o fez ser chamado de “teólogo”, que o Concílio de Calcedônia confirmou em 481.



São Gregório de Nissa (†394) foi bispo de Nissa, e depois de Sebaste, irmão de São Basílio e amigo de São Gregório Nazianzeno. Os três santos brilharam na Capadócia. Foi poeta e místico; teve grande influência no primeiro Concílio de Constantinopla (381) que definiu o dogma da SS. Trindade. Combateu o apolinarismo, macedonismo (Macedônio negava a divindade do Espírito Santo) e arianismo.



São João Crisóstomo (354-407) ( = boca de ouro), doutor da Igreja, é o mais conhecido dos Padres da Igreja grega. Nasceu em Antioquia. Tornou-se patriarca de Constantinopla, foi grande pregador. Foi exilado na Armênia por causa da defesa da fé sã. Foi proclamado pelo papa S. Pio X, padroeiro dos pregadores.



São Cirilo de Alexandria (†444) Bispo e doutor da Igreja, sobrinho do patriarca de Alexandria, Teófilo, o substituiu na Sé episcopal em 412. Combateu vivamente o Nestorianismo (Nestório negava que em Jesus havia uma só Pessoa e duas naturezas), com o apoio do papa Celestino. Participou do Concílio de Éfeso (431), que condenou as teses de Nestório. É considerado um dos maiores Padres da língua grega, e chamado o “Doutor mariano”.



São João Cassiano (360-465) recebeu formação religiosa em Belém e viveu no Egito. Foi ordenado diácono por S. João Crisóstomo, em Constantinopla, e padre pelo papa Inocêncio, em Roma. Em 415 fundou dois mosteiros em Marselha, um para cada sexo. São Bento recomendou seus escritos.



São Paulino de Nola (†431) nasceu na Gália (França), exerceu importantes cargos civis até ser batizado. Vendeu seus bens, distribuindo o dinheiro aos pobres, e com sua esposa Terásia passou a viver vida eremítica. Foi ordenado padre em 394, em 409 bispo de Nola.



São Pedro Crisólogo (†450) (= palavra de ouro) bispo e doutor da Igreja – foi bispo de Ravena, Itália. Quando Êutiques, patriarca de Constantinopla pediu o seu apoio para a sua heresia (monofisismo - uma só natureza em Cristo), respondeu: “Não podemos discutir coisas da fé, sem o consentimento do Bispo de Roma”. Temos 170 de suas cartas e escritos sobre o Símbolo e o Pai – Nosso.



Santo Ambrósio (†397), doutor da Igreja, nasceu em Tréveris, de nobre família romana. Com 31 anos governava em Milão as províncias de Emília e Ligúria. Ainda catecúmeno, foi eleito bispo de Milão, pelo povo, tendo, então recebido o batismo, a ordem e o episcopado. Foi conselheiro de vários imperadores e batizou santo Agostinho, cujas pregações ouvia. Deixou obras admiráveis sobre a fé católica.



São Jerônimo (347-420), “Doutor Bíblico” – nasceu na Dalmácia e educou-se em Roma; é o mais erudito dos Padres da Igreja latina; sabia o grego, latim e hebraico. Viveu alguns anos na Palestina como eremita. Em 379 foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino de Antioquia; foi ouvinte de São Gregório Nazianzeno e amigo de São Gregório de Nissa. De 382 a 385 foi secretário do Papa S. Dâmaso, por cuja ordem fez a revisão da versão latina da Bíblia (Vulgata), em Belém, por 34 anos. Pregava o ideal de santidade entre as mulheres da nobreza romana (Marcela, Paula e Eustochium) e combatia os maus costumes do clero. Na figura de São Jerônimo destacam-se a austeridade, o temperamento forte, o amor a Igreja [...].



Santo Epifânio (†403), Nasceu na Palestina, muito culto, foi superior de uma comunidade monástica em Eleuterópolis (Judéia) e depois, bispo de Salamina, na ilha de Chipre. Batalhou muito contra as heresias, especialmente o origenismo.



Santo Agostinho (354-430), Bispo e Doutor da Igreja - Nasceu em Tagaste, Tunísia, filho de Patrício e S. Mônica. Grande teólogo, filósofo, moralista e apologista. Aprendeu a retórica em Cartago, onde ensinou gramática até os 29 anos de idade, partindo para Roma e Milão onde foi professor de Retórica na corte do Imperador. Alí se converteu ao cristianismo pelas orações e lágrimas, de sua mãe Mônica e pelas pregações de S. Ambrósio, bispo de Milão. Foi batizado por esse bispo em 387. Voltou para a África em veste de penitência onde foi ordenado sacerdote e depois bispo de Hipona aos 42 anos de idade. Foi um dos homens mais importantes para a Igreja. Combateu com grande capacidade as heresias do seu tempo, principalmente o Maniqueísmo, o Donatismo e o Pelagianismo, que desprezava a graça de Deus. Santo Agostinho escreveu muitas obras e exerceu decisiva influência sobre o desenvolvimento cultural do mundo ocidental. É chamado de “Doutor da Graça”. São Leão Magno (400-461) - Papa e Doutor da Igreja - nasceu em Toscana, foi educado em Roma. Foi conselheiro sucessivamente dos papas Celestino I (422-432) e Xisto III (432-440) e foi muito respeitado como teólogo e diplomata. Participou de grandes problemas da Igreja do seu tempo e pôde travar contato pessoal e por cartas com Santo Agostinho, São Cirilo de Alexandria e São João Cassiano, que o descrevia como “ornamento da Igreja e do divino ministério”. Deixou 96 Sermões e 173 Cartas que chegaram até nós. Participou ativamente na elaboração dogmática sobre o grave problema tratado no Concílio de Calcedônia, a condenação da heresia chamada monofisismo. Leão foi o primeiro Papa que recebeu o título de Magno (grande). Em sua atuação no plano político, a História registrou e imortalizou duas intervenções de São Leão, respectivamente junto a Átila, rei dos Hunos, em 452, e junto a Genserico, em 455, bárbaros que queriam destruir Roma.



São Vicente de Lérins (†450) Depois de muitos anos de vida mundana se refugiou no mosteiro de Lérins. Escreveu o seu Commonitorium, “ para descobrir as fraudes e evitar as armadilhas dos hereges”.



São Bento de Núrcia (480-547) nasceu em Núrcia, na Úmbria, Itália; estudou Direito em Roma, quando se consagrou a Deus. Tornou-se superior de várias comunidades monásticas; tendo fundado no monte Cassino a célebre Abadia local. A sua Regra dos Mosteiros tornou-se a principal regra de vida dos mosteiros do ocidente, elogiada pelo papa S. Gregório Magno, usada até hoje. O lema dos seus mosteiros era “ora et labora”. O Papa Pio XII o chamou de Pai da Europa e Paulo VI proclamou-o Patrono da Europa, em 24/10/1964.



São Venâncio Fortunato (530-600) nasceu em Vêneto na Itália, foi para Poitiers (França). Autor de célebres hinos dedicados à Paixão de Cristo e à Virgem Maria, até hoje usados na Igreja.



São Gregório Magno (540-604), Papa e doutor da Igreja - Nasceu em Roma, de família nobre. Ainda muito jovem foi primeiro ministro do governo de Roma. Grande admirador de S. Bento, resolveu transformar suas muitas posses em mosteiros. O papa Pelágio o enviou como núncio apostólico em Constantinopla até o ano 585. Foi feito papa em 590. Foi um dos maiores papas que a Igreja já teve. Bossuet considerava-o “modelo perfeito de como se governa a Igreja”. Promoveu na liturgia o canto “gregoriano”. Profunda influência exerceram os seus escritos: Vida de São Bento e Regra Pastoral, usado ainda hoje.



São Máximo, o confessor (580 - 662) nasceu em Constantinopla, foi secretário do imperador Heráclio, depois foi para o mosteiro de Crisópolis. Lutou contra o monofisismo e monotelismo, sendo preso, exilado e martirizado por isso. Obteve a condenação do monotelismo no Concílio de Latrão, em 649.



Santo Ildefonso de Sevilha (†636) doutor da Igreja. Considerado o último Padre do ocidente. Bispo de Sevilha, Espanha desde 601. Em 636 dirigiu o IV Sínodo de Toledo. Exerceu notável influência na Idade Média com os seus escritos exegéticos, dogmáticos, ascéticos e litúrgicos.



São Germano de Constantinopla - (610-733) Bispo - Patriarca de Constantinopla (715-30), nasceu em Constantinopla ao final do reinado do imperador Heracleo (610-41); morreu em 733 ou 740. Filho de Justiniano, um patriciano, Germano dedicou seus serviços à Igreja e começou como clérigo na catedral de Metrópolis. Logo depois da morte de seu pai que havia ocupado vários altos cargos de oficial, pelas mãos do sobrinho de Herácleo, Germano se consagrou bispo de Chipre, o ano exato, porém, de sua elevação é desconhecido.



São João Damasceno (675-749) Bispo e Doutor da Igreja - É considerado o último dos representantes dos Padres gregos. É grande a sua obra literária: poesia, liturgia, filo e apologética. Filho de um alto funcionário do califa de Damasco, foi companheiro do príncipe Yazid que, mais tarde o promoveu ao mesmo encargo do pai, ministro das finanças. A um determinado tempo deixou a corte do califa e retirou-se para o mosteiro de São Sabas, perto de Jerusalém. Tornou-se o pregador titular da basílica do Santo Sepulcro. Enfrentou com muita coragem a heresia dos iconoclastas que condenavam o culto das imagens. Ficaram famosos os seus Três Discursos a Favor das Imagens Sagradas.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Homilia do Senhor Bispo

Para os Jovens !!! Linda Homilia !!!! Nós Somos Diferentes, somos a brisa suave do mundo!!! somos o testemunho de Cristo, lindíssima Homilia cheia da Igreja e do Santo Espirito

sábado, 21 de julho de 2012

XVI Domingo Tempo Comum Ano B


LEITURA I                                                                                                   Jer 23, 1-6

«Reunirei o resto das minhas ovelhas e dar-lhes-ei pastores»

Leitura do Livro de Jeremias

Diz o Senhor:
«Ai dos pastores que perdem e dispersam
as ovelhas do meu rebanho!».
Por isso, assim fala o Senhor, Deus de Israel,
aos pastores que apascentam o meu povo:
«Dispersastes as minhas ovelhas
e as escorraçastes, sem terdes cuidado delas.
Vou ocupar-Me de vós e castigar-vos,
pedir-vos contas das vossas más acções
– oráculo do Senhor.
Eu mesmo reunirei o resto das minhas ovelhas
de todas as terras onde se dispersaram
e as farei voltar às suas pastagens,
para que cresçam e se multipliquem.
Dar-lhes-ei pastores que as apascentem,
e não mais terão medo nem sobressalto;
nem se perderá nenhuma delas – oráculo do Senhor.
Dias virão, diz o Senhor,
em que farei surgir para David um rebento justo.
Será um verdadeiro rei e governará com sabedoria;
há-de exercer no país o direito e a justiça.
Nos seus dias, Judá será salvo e Israel viverá em segurança.
Este será o seu nome: ‘O Senhor é a nossa justiça’».

Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL                                                  Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 1)


Refrão: O Senhor é meu pastor:
nada me faltará.


O Senhor é meu pastor: nada me falta. Leva-me a descansar em verdes prados, conduz-me às águas refrescantes
e recorforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome. Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo
me enchem de confiança.

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça,
e o meu cálice transborda.

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre.




                                                    


LEITURA II                                                                                                  Ef 2, 13-18

«Ele é a nossa paz,
que fez de uns e outros um só povo»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios

Irmãos:
Foi em Cristo Jesus que vós, outrora longe de Deus,
vos aproximastes d’Ele, graças ao sangue de Cristo.
Cristo é, de facto, a nossa paz.
Foi Ele que fez de judeus e gregos um só povo
e derrubou o muro da inimizade que os separava,
anulando, pela imolação do seu corpo,
a Lei de Moisés com as suas prescrições e decretos.
E assim, de uns e outros,
Ele fez em Si próprio um só homem novo,
estabelecendo a paz.
Pela cruz reconciliou com Deus
uns e outros, reunidos num só corpo,
levando em Si próprio a morte à inimizade.
Cristo veio anunciar a boa nova da paz,
paz para vós, que estáveis longe,
e paz para aqueles que estavam perto.
Por Ele, uns e outros podemos aproximar-nos do Pai,
num só Espírito.

Palavra do Senhor.










ALELUIA                                                                                                        Jo 10, 27

Refrão: Aleluia.          Repete-se

As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor; Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
Refrão





EVANGELHO                                                                                             Mc 6, 30-34



«Eram como ovelhas sem pastor»



X Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos



Naquele tempo,

os Apóstolos voltaram para junto de Jesus

e contaram-Lhe tudo o que tinham feito e ensinado.

Então Jesus disse-lhes:

«Vinde comigo para um lugar isolado

e descansai um pouco».

De facto, havia sempre tanta gente a chegar e a partir

que eles nem tinham tempo de comer.

Partiram, então, de barco

para um lugar isolado, sem mais ninguém.

Vendo-os afastar-se, muitos perceberam para onde iam;

e, de todas as cidades, acorreram a pé para aquele lugar

e chegaram lá primeiro que eles.

Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão

e compadeceu-Se de toda aquela gente,

porque eram como ovelhas sem pastor.

E começou a ensinar-lhes muitas coisas.



Palavra da salvação.






MINISTÉRIO DO LEITOR NA LITURGIA Uma arte original


A leitura dos textos bíblicos é diferente da leitura pública corrente. É que o leitor não diz a sua palavra, mas a de Deus. Escrevia D. Bonhöfer:
“Bem depressa nos aperceberemos de que não é  fácil ler a Bíblia aos outros. Quanto mais a atitude interior perante o texto for de despojamento, humildade, objectividade, mais adequada será a leitura... Uma regra que se deve observar para ler bem um texto bíblico, é nunca se identificar como o “eu” que lá se exprime. Não sou eu que me irrito, que consolo, que exorto, mas Deus. Por certo que daí não resultará que eu leia o texto num tom monótono e indiferente; pelo contrário, fá-lo-ei sentindo-me eu próprio interiormente comprometido e interpelado. Mas a diferença entre uma boa e uma má leitura surgirá quando, em vez de tomar o lugar de Deus, eu aceitar muito simplesmente servi-Lo.”

É por isso que as Igrejas orientais mandam cantar sempre as leituras.

A Liturgia da Palavra é uma celebração. É necessário, pois, que se note que celebramos a Palavra, como depois celebramos a Eucaristia. 

Assim, não é nem um momento de leituras atropeladas que se colocam antes da homilia e da celebração eucarística; nem uma reunião de instrução ou de discussão que, depois, concluirá com os ritos eucarísticos (que ficarão, assim, desvalorizados, porque não são tão "instrutivos"). 

Fazer de leitor é um serviço importante dentro da assembleia. Os que o realizam devem estar conscientes disso e viver a alegria e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de ser os que tornarão possível que a assembleia receba e celebre aquela Palavra com a qual Deus fala aos seus fiéis, aqueles textos que são como que textos constituintes da fé.

O serviço do leitor na liturgia Algumas sugestões para exercer bem o ministério de leitor nas celebrações litúrgicas.


1. Preparar a leitura

Compreender o sentido do texto, captar a sua estrutura, as suas articulações, os seus pontos mais altos, a sua vivacidade.
- Quem fala no texto? A quem fala? Sobre quê? Com que finalidade?
- De que género de texto se trata? Um relato? Uma exortação? Um diálogo? Uma oração? Uma censura?
- O que sentem as personagens que aparecem no texto?
- Há palavras difíceis de compreender? Que significam?
- O texto é divisível em partes? Onde começa e acaba cada parte?

Ver que entoação se deve dar a cada frase, quais são as frases que se devem ressaltar, onde estão os pontos e as vírgulas, qual a pontuação do texto.
- Quais as palavras mais importantes e as expressões ou frases principais que importa sublinhar?
- Onde fazer pausa, breve ou prolongada?
- Onde evitar a pausa?
- Qual o tom de voz (ou tons de voz) adequado ao texto?
- Qual o ritmo (as acentuações, os encadeamentos) e o movimento (acelerado, rápido, espaçado, lento) que se deve usar, no texto ou nas partes?

- Ler o texto antes, em voz alta e várias vezes, com exercícios parcelares e com o texto completo.
- Identificar as armadilhas fonéticas, em que palavras se poderá tropeçar, etc.
- Articular e pronunciar bem cada palavra e cada sílaba; não negligenciar as consoantes.
- Não deixar cair demasiado o tom de voz, mesmo nos pontos finais; o verdadeiro ponto final está no fim do texto.


2. Tarefa do leitor: exprimir os sentimentos do autor e das personagens


- A celebração litúrgica actualiza a palavra. O texto escrito torna-se palavra viva hoje, naquele lugar e para aquela assembleia. "Deus fala hoje ao seu povo".  É importante conhecer o texto e também conhecer o contexto da celebração.
- Não se trata de dramatizar, ou melhor dito, de criar uma ilusão, mas de reproduzir ou tornar vivos um texto e um acontecimento. Não se trata de atrair a atenção para a pessoa do leitor, mas para a palavra e acção divinas.
- O leitor tem a responsabilidade de, usando os seus dotes oratórios, a sua técnica refinada e a sua arte de dizer, promover o encontro vital e a comunhão entre Deus que fala e os ouvintes.


3. Examinar alguns pormenores antes da celebração


- O Leccionário está no ambão (não uma revista ou jornal, ou folhetos)? Está aberto na página própria?
- O microfone está ligado? O volume, o tom e a altura estão correctos? Evite-se o seu ajuste durante a celebração, mediante o sopro ou os dois toques de dedos da praxe, ou outros ruídos perturbadores.
- A que distância deve estar a boca para que a voz seja audível e expressiva?


4. Saber deslocar-se para o ambão


- Situar-se, desde o começo da celebração, num lugar não muito afastado do ambão. Saber se há lugares previstos para os leitores. Tentar não vir de um lugar distante da igreja.
- Não avançar para o ambão antes de estar concluído o que precede cada leitura (oração, canto, admonição). Não aproximar-se do ambão quando se está a dizer ou a cantar outra coisa.
- Caminhar com um passo normal, sem ostentação nem precipitação, sem rigidez nem displicência, mas com uma digna e ritmada naturalidade.


5. Postura


- Quando estiver diante do ambão, deve ter em conta a posição do corpo. Não se trata de adoptar posturas rígidas, nem demasiado descontraídas.
- Pés bem assentes, levemente afastados e firmes. Não balancear-se, nem cruzar os pés, nem estar apoiado apenas num pé, com pés cruzados ou um à frente e outro atrás.
- Não debruçado sobre o ambão, nem com os braços cruzados ou as mãos nos bolsos. Os braços poderão manter-se pendentes ao longo do corpo, ou dobrados para permitir um leve e discreto apoio das mãos na orla central do ambão (evitando tocar o Leccionário a fim de não o danificar com a adiposidade corporal).
- Colocar-se à distância adequada do microfone para que se oiça bem. Por causa da distância, frequentemente, ouve-se mal. Não começar, portanto, enquanto o microfone não estiver ajustado à sua medida (que deverá ser feito antes: a medida adequada costuma ser a um palmo da boca e na direcção da mesma). E lembrar-se que os estampidos que acontecem ou os ruídos que se fazem diante do microfone são ampliados ...


6. Apresentação


- Não trajar algo que possa distrair ou ofender os presentes, seja por ostentação, seja por desleixo, pouco conveniente ou ridículo (camisetas de anúncios, vestuário desalinhado ou sujo, penteados estranhos...).
- Ter critério e apresentar-se como pessoa educada e normal.


7. Antes de começar


- Esperar que toda a assembleia esteja sentada e tranquila e se tenha criado um ambiente de silêncio e escuta.
- Respirar calma e profundamente.
- Guardar uma breve pausa para olhar a assembleia, a fim de a registar na mente, para estabelecer com ela contacto directo antes de iniciar a proclamação e pedir a sua atenção, pois é para ela que se dirige.


8. Título


- Ler só o título bíblico. Nunca se leia "Primeira Leitura" ou "Salmo responsorial", ou a frase a vermelho que precede a leitura.
- Não deve ser o leitor a ler também a introdução à leitura ou o comentário que a antecede.
- Após a leitura do título, faça-se uma pausa para destacar o texto que vai ser proclamado.


9. Ler com a cabeça levantada


- A cabeça deve estar direita, no prolongamento do corpo.
- Procurar ler com a cabeça levantada.
- Com a cabeça levantada, a assembleia contacta um rosto e o leitor exprime um texto dirigido à assembleia e não devolvido ao livro.
- O olhar deverá manter o contacto com a assembleia sem ser necessário os constantes e perturbantes exercícios de levantar e baixar a cabeça.
- Ao longo da leitura, com naturalidade, olhar também de vez em quando para a assembleia. Estas olhadelas, no meio da leitura, não se têm que impor como um propósito, o que seria artificial. Mas se sair naturalmente, poderá ser útil, especialmente nas frases mais relevantes: ajuda a acentuá-las, a criar um clima comunitário, e a ler mais devagar.
- Com a cabeça levantada, a própria voz ganha em clareza e volume. O tom de voz será mais alto e, portanto, mais fácil de captar.
- Se o ambão é baixo, será sempre melhor suster o livro nas mãos, levantando-o, que baixar a cabeça.


10. Ler devagar


- O ouvinte não é um gravador, mas uma mente humana que requer tempo para sentir, reagir, ouvir, entender, coordenar e assimilar. Geralmente, lê-se depressa e não se fazem as pausas adequadas, como pede o texto lido. A pontuação oral nem sempre coincide com a pontuação escrita. A leitura rápida pode cortar o contacto com a assembleia.
- Saber que há sempre tendência para ler demasiado depressa. Colocar-se no lugar dos ouvintes que descobrem o texto.
- Saber fazer pausas. Um silêncio longo para o leitor, é curto para o ouvinte.
- O principal defeito dos leitores, costuma ser ler depressa. Se lermos depressa, as pessoas, com algum esforço, poderão conseguir entender-nos, mas aquilo que lemos não entrará no seu interior. Recordemos: este continua a ser o principal defeito.
- Além de ler devagar, há que manter um tom geral de calma. Há que afastar o estilo do leitor que sobe à pressa, começa a leitura sem olhar as pessoas e, ao acabar, foge ainda mais depressa. Não deve ser assim: deve-se chegar ao ambão, respirar antes de começar a ler, lendo pausadamente, fazendo uma pausa no final, antes de dizer "Palavra do Senhor", escutar no ambão a resposta da assembleia e voltar ao lugar. Aprender a ler sem pressa, com aprumo e segurança custa; por isso, é importante fazer os ensaios e provas que forem necessários: é a única maneira!


11. Durante a leitura


- Evitar apagar-se a cada frase ou, mais ainda, no fim do texto: a leitura exige uma continuidade. Não baixar o tom nos finais de frase. As últimas sílabas de cada frase têm que se ouvir tão bem como todas as restantes. Infelizmente, a tendência é para nestas sílabas se baixar o tom tornando-as ininteligíveis.
- Boa pronúncia.
- Vocalizar. Ou seja, remarcar cada sílaba, mover os lábios e a boca, não atropelar a leitura. Sem afectação nem teatro, mas recordando que se está “actuando” em público, e que o público tem que captar tudo bem. E uma actuação em público é distinta de uma conversa na rua.
- Evitar o tom cantante, falsamente atractivo; o tom teatral faz de cortina a Deus.


12. Concluir a leitura


- Antes de dizer "Palavra do Senhor", fazer uma pausa após a última frase.
- Dizer a aclamação olhando para a assembleia.
- Dizer só "Palavra do Senhor" e nada mais (p.e.: "Irmãos, esta é a Palavra do Senhor" ou outras expressões semelhantes). Trata-se de uma aclamação e não de uma explicação. Dizê-lo em tom de aclamação, e não de explicação catequética, ou de informação. Importa que se sinta o carácter de aclamação pela forma como é dito.
- Seria mais expressivo que esta aclamação fosse cantada (pelo leitor, primeiramente, ou, em caso de necessidade, por outrem). Não sendo cantada, deveria ser dita em tom de voz mais elevado (entenda-se, não necessariamente num volume mais forte).
- Não abandonar o ambão antes da resposta da assembleia.
- Deixar o Leccionário aberto na página do Salmo responsorial ou da 2ª Leitura, para que fique pronto para o leitor que se segue.
- Regressar ao lugar com calma e naturalidade, em passo normal e firme.


13. Salmo responsorial


- O salmo responsorial deve ser cantado, se possível por outro ministro: o salmista. Se tiver de ser recitado, seja outro ministro a fazê-lo, e não o leitor da primeira ou da segunda leitura.
- O refrão do salmo dever-se-ia cantar. Quando é recitado tem menos impacto.
- É pedagógico que a assembleia repita, depois de cada estrofe do salmo, uma frase cantada simples e expressiva, que resuma a atitude espiritual do salmo (e, por conseguinte, da primeira leitura) – o refrão.
- Não é necessário que o refrão coincida literalmente com o que está no Leccionário, mas que respeite o seu sentido.

Fontes:
• Josep Lligadas, O leitor e o animador, Paulinas, Lisboa 2000
• Secretariado Diocesano de Liturgia do Porto, artigos diversos